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Jan 7, 2021
Este é o último poema do ano
não há de dizer muito
sabe, o tempo se gastou
junto com as palavras miúdas
e o sonho do sonho dormido
em um tempo mais antigo ainda
sabe, há algo se espalhando
pelas janelas e quintais
com a delicadeza uterina
das patas de um inseto
(qualquer, pois sei que todos amam)
essa verdade das flores e dos seres
tão humanos
que
.
.
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